A palavra “merlot” significa pequeno “merle”, ou melro, em francês, que é um pequeno pássaro preto, comum na Europa.
A origem do nome talvez esteja na comparação da cor preto-azulada das uvas maduras com a dessa ave, ou na forma como os melros gostam de comer essas uvas antes da colheita. Na realidade, melros são considerados, pelos enólogos, como uma das pragas da vinha.
Os vinhos Merlot são apreciados por sua textura macia, e também pela parceria com Cabernet Sauvignon em alguns dos melhores vinhos tintos do mundo. A maciez e a doçura da Merlot ajudam a equilibrar os traços mais fortes das outras uvas.
O tamanho dos bagos, acima da média, é responsável por uvas de taninos médios, quando comparada a outras uvas tintas. Mas, apesar do caráter suave, textura lisa e macia, Merlot tem cor vermelho vivo.
Os aromas típicos de um vinho à base de Merlot são os frutados de amora, morango, framboesa, cereja, ameixa, groselha e figo, os florais de rosas e violetas, os derivados de carvalho, como cedro, cacau, tabaco, baunilha e fumaça, os herbais, como menta e louro, e os de especiarias, como canela, cravo, alcaçuz e café. Algumas vezes, encontramos Merlot com aromas de frutas cristalizadas, ou bolo de frutas.
Merlot é um vinho produzido em muitos países. Os apreciadores desse vinho não podem deixar de experimentar as versões francesas de Bordeaux (como Pomerol) e de Languedoc-Roussillon, as italianas da Toscana e da Campania, as da Califórnia, da Austrália, do Chile e da Argentina. Esses são, sem dúvida, os produtores dos melhores Merlot do mundo.
Os vinhos Merlot de climas mais quentes, como os da Califórnia, Austrália e Argentina costumam ser mais frutados e menos tânicos. Por vezes, é conferida mais estrutura a esses vinhos, por meio do amadurecimento em carvalho.
Já os Merlot produzidos em climas frios, como os da França, Itália e Chile, costumam ser um pouco mais estruturados, com uma presença um pouco maior de taninos, sendo algumas vezes até confundidos com Cabernet Sauvignon.
Sendo Merlot um vinho que fica no meio-termo entre a leveza do Pinot Noir e a potência do Syrah, ele oferece muitas possibilidades de harmonização.
Carnes de vaca, de porco e de cordeiro acompanham bem esse vinho, assim como frango e pato. Também é uma boa escolha para queijos, indo bem com os cremosos brie e camembert, com os semiduros emmental, gouda e gruyère, e com os de casca dura como cheddar e parmesão.
Aposte em Merlot para acompanhar feijão branco. Temperos como cebola, alho, alecrim, hortelã e erva doce se destacam com esse vinho. Outras alternativas são cogumelos, tomates secos, berinjelas e beterrabas, além de bacon e mostarda Dijon.
Por via das dúvidas, evite Merlot com peixes, folhas verdes cruas, e comidas picantes.
Fonte: www.tintosetantos.com