Pães franceses
Quando se fala em pão francês, logo pensamos no nosso pãozinho branco de cada dia, de miolo macio e crosta bem fina. Mas a realidade é que essa receita, criada aqui no século XX, é mais uma adaptação brasileira do que uma importação direta da França. Tanto é que não encontramos o famoso pãozinho em nenhuma boulangerie parisiense!
Em compensação, além de uma grande variedade de tipos diferentes de baguete (da ordinaire à tradition, passando por aquelas feitas com grãos e farinha integral), a França também oferece receitas de:
Brioche
Pãozinho extremamente macio, preparado com manteiga, ovos e leite, o brioche ficou famoso por causa da frase atribuída a Maria Antonieta, em que a Rainha declarava que os pobres, na falta do pão do dia a dia, deveriam se alimentar desse quitute pra lá de refinado.
Pain de campagne
Bastante rústico, esse pão de campanha é feito com uma mistura de farinha de trigo branca e integral, podendo conter também farinha de centeio. Seu formato é longo e grosso e ele é servido em fatias como acompanhamento ou como torrada (tartine).
Pain d’épices
Retangular como um pão de forma, mas de miolo bem firme, esse é um tipo de pão de mel trazido à França na época do Império Romano. Ele leva especiarias como cravo, canela, gengibre e noz-moscada.
Pães italianos
O trigo é um dos ingredientes mais importantes da cozinha italiana. Diante disso, é claro que eles estão entre as nações com a mais tradicional e extensa cultura de panificação do mundo!
Cada região da Itália tem seus tipos de pães específicos, mas em todo o país o costume de consumir o pãozinho em praticamente todas as refeições é unanimidade, e ele é sempre acompanhamento essencial para “limpar o prato” raspando o molho no final do jantar ou almoço, por exemplo.
Alguns dos pães mais populares da tradição italiana, além da pizza, são:
Focaccia
Originária de Gênova, a focaccia é parente da pizza, e tem sua massa dourada perfumada com azeite, alecrim e sal grosso. Em outras regiões, ela pode vir recheada com queijo, tomates, azeitonas e outras delícias.
Ciabatta
Esse pão branco firme e alveolado, em formato retangular é um dos mais populares da Itália. Ele pode ser consumido em todas as refeições e é a base das famosas brusquetas.
Pandoro
Uma alternativa ao panetone, o pandoro é outro pão de Natal alto e cilíndrico, mas tem oito pontas e é coberto de açúcar de confeiteiro, lembrando os alpes nevados. Seu nome significa “pão de ouro” e ele é típico de Verona, cidade de Romeu e Julieta.
Piadina
É um pão chato italiano, com azeite e farinha branca, da região da Romanha. É servido mais ou menos como um crepe, cozido na hora e recheado com frios, queijos e vegetais ou, na versão doce, com geleia e creme de chocolate com avelã.
Pães judaicos
A culinária judaica é tão antiga e rica quanto a história de seu povo, trazendo características únicas que têm a ver não só com suas leis religiosas (que proíbem, por exemplo, o consumo de moluscos e carne de porco), mas também com a multiplicidade de locais do mundo nos quais as comunidades judaicas se instalaram.
No caso das pães da gastronomia judaica, suas tradições influenciaram e sofreram influências, originalmente, sobretudo da cozinha polonesa e russa. Hoje em dia, no entanto, suas receitas se espalharam por todo o planeta, e alguns dos pães judaicos mais conhecidos são:
Bagel
Seu nome deriva da palavra em ídiche para anel, já que esse pão redondinho tem como característica um furo no centro. O diferencial na preparação dessa massa levedada é que ela é cozida em água fervente antes de ser assada, desenvolvendo um interior bastante denso.
Chalá
Essa é uma rosca trançada com seis pontas servida principalmente no sabá e em celebrações judaicas. Muitas vezes, ela é coberta com gergelim e pode aparecer também recheada com passas.
Matzá
Muito consumido na Pessach, quando os pães levedados estão proibidos segundo a religião judaica, o matzá se parece com um cream cracker e é feito, essencialmente, com água e farinha. Fora do período da Pessach, ele pode levar alho, cebola e outros extras.
Pães portugueses
A confeitaria portuguesa é uma das mais apreciadas no mundo, com deus doces de ovos e massas finas e delicadas. Mas além desses quitutes, Portugal também tem uma variada e rica tradição na fabricação de pães, sabia? Então fique de olho em algumas das receitas portugas mais amadas:
Folar
Servido tradicionalmente na Páscoa, esse é um pão típico da região de Trás-os-montes que leva ovos na massa e, às vezes, um ovo cozido com casca e tudo no topo! Ele pode ser recheado com carne de porco e ter como ingrediente, ainda, banha ou azeite de oliva.
Pão alentejano
Esse pão grande, denso e bastante rústico, feito com fermentação natural, é um coringa da cozinha lusitana. Além de ser servido normalmente, com manteiga ou queijo, ele também é muito usado como base para caldos e açordas (sopas portuguesas), bem como pratos como as “fatias douradas” (rabanada).
Pão de Mafra
Originário da região de Mafra, esse é um pão que inicialmente era consumido apenas pelas classes trabalhadoras, mas logo ganhou o coração (e estômago!) de todo Portugal. Ele tem o miolo muito alveolado e a crosta bem crocante e dourada, sendo feito com farinha de trigo e centeio e uma massa extremamente hidratada.
Bolo de caco
Típico da Ilha de Madeira, esse é um pão chato de fermentação bem longa (cerca de três dias). Preparado com farinha de trigo branca, ele é cozido, segundo o método clássico, sobre uma pedra de basalto quente. Pode ser servido como sanduíche, acompanhamento ou com manteiga e alho.
Broa de milho
Feita com fubá, farinha de trigo e de centeio, a broa de milho portuguesa é grande e com miolo bastante denso, sendo servida em fatias com queijo ou manteiga, ou como acompanhamento para o famoso caldo verde português.
Fonte: www.massamadreblog.com.br