Conheça a história do pão de queijo e sua trajetória até os dias de hoje!


Você conhece a história do pão de queijo? Esse quitute tão amado e muito frequente nas mesas mineiras já conquistou o coração do Brasil inteiro e até outros países. Porém, muitas pessoas ainda não sabem como e por que ele surgiu.

Foi pensando nisso que resolvemos elaborar este artigo e mostrar algumas curiosidades sobre a iguaria. Passe um café, se ajeite na cadeira e vem aprender um pouco mais a respeito do pão de queijo!

A história do pão de queijo

A história do pão de queijo não é muito exata e há duas possíveis origens para a iguaria, sendo elas bem parecidas (e até mesmo complementares).

A primeira história relata que ele surgiu por volta do século XVIII. Como, naquela época, a farinha de trigo ainda era um produto de baixa qualidade, as cozinheiras utilizavam o polvilho (que foi trazido pelos portugueses) — feito a partir da mandioca.

Na massa, misturavam-se restos de queijo que havia endurecido, ovos e leite. Como a agropecuária estava em plena expansão, a oferta desses produtos era bem farta. Então, os ingredientes eram misturados, enrolados e colocados para assar.

Já a segunda história é bem parecida e remonta ao período da escravidão. Nesse caso, utilizava-se a mandioca, ovos e leite. Para dar mais sabor à massa, era acrescentado um pouco de queijo.

Por que a receita é mineira

O período estimado para a origem do pão de queijo coincide com o Ciclo do Ouro em Minas Gerais. Nesse período colonial, a extração do ouro era a principal atividade econômica do país.

Com isso, cidades que tinham muitas jazidas, como Ouro Preto, recebiam uma série de pessoas que trabalhavam direta ou indiretamente com a exploração. Esse aumento populacional gerava um problema: a dificuldade de disponibilizar comida para todos.

Ao mesmo tempo, existiam regiões que eram responsáveis pela produção de alimentos (especialmente na agropecuária). Todavia a logística ainda era precária e alguns desses itens chegavam ao destino com a qualidade muito aquém da esperada. Esse é o caso da farinha branca, que citamos acima.

Foi aí que se teve a ideia de utilizar a goma da mandioca — ou seja, o polvilho — para fazer as receitas dos bolinhos. Daí em diante a mistura era a mesma que citamos ali em cima (com ovos, leite e queijo).

Como ele se popularizou

Foi só por volta da década de 1960 que o pão de queijo começou a se popularizar. A responsável por tal feito tem nome e sobrenome: Arthêmia Chaves Carneiro. Aquela senhora de óculos que é símbolo e faz parte da identidade visual da Casa do Pão de Queijo — inclusive, foi aí que a rede teve início.

A receita utilizada por ela era tão boa e fez tanto sucesso que, em 1967, Mário, filho da dona Arthêmia, resolveu abrir uma loja própria. Hoje, a rede Casa do Pão de Queijo é administrada pelo neto Alberto Carneiro Neto.

Atualmente, o nosso amado pão de queijo foi internacionalizado e é exportado para mais de 50 países, incluindo Japão, Portugal, Estados Unidos e Itália.

As diferenças na receita original e a atual

É claro que depois de tanto tempo, a receita foi passando por algumas alterações. É possível colocar queijos mais suaves ou com sabores mais acentuados e até mesmo fazer as versões recheadas — que podem ser de frango, bacon, calabresa e até com algum doce, como a goiabada (que remete ao famoso Romeu e Julieta).

Vale a pena informar que outros países na América Latina também têm receitas parecidas como o pão de queijo, com iguarias que podem ser consideradas primas do nosso quitute. É o caso de Argentina, Paraguai, Colômbia e Equador.

Você pode encontrar ingredientes para reproduzir a receita em casa com bastante facilidade, principalmente porque são simples e muito acessíveis. Porém, se você é daquelas pessoas que sempre prefere a praticidade e uma rotina descomplicada, pode optar por comprá-lo pronto.

Há opções de pão de queijo congelado que têm uma ótima qualidade. Além das opções tradicionais, você pode encontrar até sabores diferenciados, como canastra e coquetel (com mais de um tipo de queijo). Se você tem intolerância, também consegue a opção sem lactose.

E já que tocamos nesse tipo de condição, é importante reforçar que o pão de queijo não tem glúten, que é originado em farinhas como a de trigo, cevada e centeio. Como ele é feito com polvilho (a goma da mandioca), as pessoas celíacas podem comê-lo sem preocupações. Pão de queijo não é tudo de bom?

Opções de acompanhamento

Pão de queijo é um trem tão bom, que deve casar bem com um monte de coisa, não acha? E é a mais pura verdade. A combinação mais famosa é a do cafezinho preto, passado na hora. Porém, se você não gosta da bebida, pode trocar por:

  • chá;
  • suco;
  • refrigerante (para os mais ousados).

No caso da versão do pão de queijo feita no Equador, o Pan de Yuca, o consumo é geralmente acompanhado do iogurte. Gostou da combinação?

Além disso, você pode incrementar e fazer um lanche mais elaborado, acrescentando uma diversidade de recheios como:

  • pernil;
  • linguiça;
  • cheddar;
  • patê de frango ou de atum;
  • requeijão.

Algumas das opções podem ser colocadas tanto na massa, antes de assar, quanto depois de pronto. Tudo fica ao seu gosto e a criatividade para testar novos sabores.

Além disso, também vale a pena planejar o lanche de acordo com a ocasião. Enquanto o café da manhã pode ser feito com uma opção mais simples, as recepções em casa podem incluir algumas das opções de recheio que citamos. Assim, você pode deixar seus convidados encantados e aproveitar para espalhar um pouco desse conhecimento sobre a história, não é?

Gostou de conhecer a história do pão de queijo? Que tal aproveitar para passar aquele cafezinho e fazer um lanche da tarde comendo esse quitute tão gostoso? Deu até fome por aqui.

Fonte: www.blog.pifpaf.com.br